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Edney Silvestre… Vocês o conhecem?

Ele é o autor de Vidas Provisórias – um livro publicado (este ano) pela Editora Intrínseca – e um renomado escritor que já ganhou dois prêmios da literatura brasileira com o seu primeiro romance Se eu fechar os olhos agora, o qual foi publicado em 2009 pela Editora Planeta e depois pela Editora Record.

Silvestre nasceu em Valença (Rio de Janeiro), em 1950. É Jornalista de longa carreira e se destacou na cobertura dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 para a Rede Globo – quando era correspondente em Nova York. Ele também é apresentador do programa GloboNews Literatura.

Aliás, aquele romance premiado conquistou elogios da crítica e prêmios como o Jabuti, de melhor romance, e São Paulo, de autor estreante, além disso, ele foi publicado em outros sete países!

Bom…

Já deu para perceber que o cara é muito bom, né?

E além de muito bom, ele é “gente boa, pois, como sabe das dificuldades de se escrever um primeiro livro (justamente por ter passado por isso e, portanto, ter conhecimento de causa), o Edney Silvestre resolveu dar umas dicas para os autores iniciantes!

Edney Silvestre

São dicas simples, porém, importantes! Anotem e deixem em algum lugar super visível, para que possam ver sempre que forem escrever.

Os conselhos de Edney Silvestre para autores iniciantes (por BrasilART):
Escreva. 
Edite. 
Escreva. 
Edite. 
Escreva de novo. 
Edite de novo. 
E deixe repousar por um par de meses. 
Aí veja se é preciso começar tudo de novo.

E para quem se interessou, aqui vão as sinopses oficiais dos dois livros publicados por ele:

Se eu fechar os olhos agora

Se eu fechar os olhos agora

Sinopse do livro oferecida pela Record:

Dois meninos encontram o corpo de uma linda mulher, morta e mutilada às margens de um lago, numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense. Assustados, Eduardo e Paulo, de 12 anos vão à polícia, onde acabam sendo tratados como suspeitos.  São libertados pouco depois, quando o marido da vítima, um homem frágil, confessa o crime.

A brutalidade do assassinato, a indiferença da polícia e a falta de lógica da explicação oficial para o crime intrigam os meninos. Começam uma investigação, à qual se une um velho misterioso, ex-preso político da ditadura Vargas. Dele, ouvem um aviso que marca o começo de um turbilhão de acontecimentos: “Nada neste país é o que parece.”

Em pouco tempo, percebem que a mulher tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e um passado nebuloso, repleto de contradições. A investigação de Paulo e Eduardo desvendará ainda um perverso painel em que violência sexual, racismo, corrupção e espúrias alianças políticas se misturam. Para os meninos, será um terrível caminho de amadurecimento e chegada à vida adulta.

Em sua estréia literária, Edney Silvestre constrói uma trama eletrizante e comovente, repleta de referências a um dos momentos mais importantes do cenário político e cultural do Brasil e do mundo. Transitando por gêneros tão distintos quanto o policial, o histórico e o romance de formação, Se eu fechar os olhos agora é uma leitura vertiginosa, que retrata a essência da nossa sociedade.

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Vidas Provisórias

Vidas Provisórias

Sinopse do livro oferecida pela Intrínseca:

Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensação de interrupção do curso normal de suas vidas. Diferentes motivos os levam ao estrangeiro. Em 1970, Paulo, perseguido pela ditadura militar, é preso, torturado e abandonado sem documentação na fronteira, de onde segue para o Chile e depois para a Suécia. Barbara, com uma identidade falsa, deixa o país para trás em 1991 – durante o governo Collor -, fugindo de um rastro de violência, e se instala nos Estados Unidos como imigrante ilegal.

Na Suécia, Paulo se apaixona por Anna, militante da Anistia Internacional, com quem forma uma família. Mas é perseguido pelas lembranças dos sofrimentos que viveu e por uma sombra em seu passado. Nos Estados Unidos, Barbara, ainda adolescente, sobrevive de faxinas e serviços de manicure, abandonando seus sonhos de entrar para a universidade e conhecer o mundo. Sem falar inglês, sob o medo constante de ser desmascarada, ela convive com uma rede de prostitutas brasileiras e esconde uma paixão impossível. Satisfaz-se em ser mais um rosto anônimo e estrangeiro na multidão, sem se integrar ao país que escolheu habitar.

Em seu terceiro romance, Edney Silvestre cria um vigoroso retrato das transformações que ocorreram no país e no mundo nos últimos quarenta anos, com uma trama que viaja pelo Chile, Suécia, Estados Unidos, França e Iraque. O autor se vale, com sensibilidade, de sua experiência de onze anos como correspondente baseado em Nova York para revelar o universo dos imigrantes e, ao mesmo tempo, recriar de forma contundente um Brasil visto a distância.



Quem está ansioso para a estréia de Bling Ring nos cinemas?

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Pois é…

Quem já leu o best-seller da jornalista Nancy Jo Sales diz que a história é pra lá de envolvente, ainda mais quando sabemos que a obra se trata, na verdade, de um livro-reportagem, ou seja, é uma HISTÓRIA REAL!

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Bom…

Para quem ainda não conhece, Bling Ring: a gangue de Hollywood de Nancy Jo Sales fala sobre cinco garotos de Los Angeles que furtaram cerca de três milhões de dólares em roupas, joias e peças de arte de jovens ícones pop como Paris Hilton, Lindsay Lohan e Orlando Bloom, por exemplo.

Obcecado por celebridades, o tal grupo de adolescentes seguia seus ídolos bem de perto e de praxe arrombava suas casas e roubava objetos íntimos, preferencialmente aqueles que ostentavam marcas como Chanel, Gucci, Tiffany, CartierMarc Jacobs, etc… O livro chegou no Brasil no dia 13 de julho deste ano e aparecerá nas telinhas no dia 16 de Agosto (nesta sexta-feira).

Para a escritora, a história retratada contém temas recorrentes na obra da cineasta Sofia Coppola (quem vai dirigir o filme), como narcisismo, a obsessão com celebridades, a arrogância dos jovens ricos e o vazio que cerca a fama. A versão de Coppola será estrelada por Emma Watson, Katie Chang, Israel Broussard e Leslie Mann, com distribuição da Diamond Films Brasil.

Aliás, segundo a Editora Intrínseca (a qual é a responsável pela distribuição do livro no país), a partir de uma reportagem sobre uma gangue formada por estudantes de escolas particulares em Nova York, esses temas mencionados também acabaram se tornando “preciosos” para a própria Nancy Jo Sales, quem escreve sobre as desventuras de jovens ricos desde 1996.

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Confira os trailers do filme:



Abusado – O dono do Morro Dona Marta

 

 

Autor: Caco Barcellos

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“Os tiroteios faziam chover até em dia de sol forte na Santa Marta. Os ‘chuveirinhos’, alegria das crianças, eram provocados pelos projéteis de vários calibres que sempre rompiam as tubulações de água potável devido a uma rara característica da velha rede de distribuição, criada nos tempos dos mutirões de Dom Hélder Câmara.” – trecho retirado do livro Abusado – O dono do Morro Dona Marta.

Abusado – O dono do Morro Dona Marta é um dos grandes livros reportagens do conhecidíssimo jornalista Caco Barcellos. Na obra, Barcellos expõe parte da história da favela Santa Marta, bem como suas guerras do tráfico. É um livro cheio de implicações éticas, morais, legais.

Durante a leitura, fica claro que para se entender a violência urbana instalada no Rio de Janeiro (que pode servir de espelho para outras cidades do país e do mundo), é necessário compreender como pensam e como agem os criminosos que impõem o terror, explorar os motivos que os levam a isso e enxergar os “dois lados da moeda”.

Assim sendo, o repórter constrói a narrativa através da trajetória do personagem mais conhecido: o traficante Marcinho VP (nesse livro, não conseguimos dizer ao certo se existe um personagem principal, visto que várias histórias vão sendo contadas). A infância de Marcinho VP, tratado na obra como Juliano, se passa inteiramente na favela.

Filho de pais nordestinos, Juliano entra para o quadro de crianças que abandonam os estudos bem cedo, para poder ajudar em casa, sendo que no caso do personagem, seria ajudar “com a birosca do pai”.

Sem salário, sem perspectivas profissionais e/ou de futuro, Juliano, vulgo Marcinho, começa a fazer bicos que o levam rapidamente ao envolvimento com o tráfico de drogas.

Até este ponto, a história é bem parecida com a que ouvimos falar por aí, sobre jovens de favela que entram para o tráfico, ou por falta de opção ou por essa ser a realidade constante com a qual estão acostumados. No entanto, a trajetória contada ali não é de um simples traficantezinho, Marcinho VP é um dos criminosos mais famosos do Brasil!

Inicialmente, não existem discrepâncias da vida deste personagem para a de tantos anônimos que tombam pelas balas entre facções e polícia, contudo, o diferencial está na ascensão “meteórica” de Juliano dentro do tráfico.

Em poucas semanas, VP se torna “o maior avião da boca” e em seguida conquista o respeito e a confiança dos líderes, demonstrando coragem incomum para um iniciante em “situações de combate”.

Após duas guerras de morro, várias prisões e uma temporada na Bahia, Marcinho consegue tomar para si o controle da favela onde viveu a infância, local onde também vivem os amigos mais próximos e a família. Durante o enredo, percebe-se que este é o momento de glória de Juliano e em que as atenções se voltam para ele, seja pela mídia, policiais ou de alguns conhecidos (amistosos ou não). Tal “chamariz” não acontece somente por causa de sua ascensão como traficante, mas, também, por ocasião das gravações de um clipe de Michael Jackson na Santa Marta.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Juliano se mantém como líder e fora da prisão por vários anos. Além disso, ele impressiona pelas amizades que acabou fazendo com algumas celebridades, como: o cantor Zeca Pagodinho, os irmãos Moreira Salles, cineastas e donos do Unibanco.

Os tais contatos “intelectuais” e famosos de Juliano, durante o enredo, mostra que acabaram caindo no conhecimento de alguns e repercutindo entre os comandantes de outros morros ligados ao Comando Vermelho (C.V.). O que ajuda a difundir o seu apelido de Poeta e a crença de que o chefe da Santa Marta era um doidão que: matava pouco; desprezava dinheiro; defendia idéias esquisitas; e tinha a pretensão utópica de se tornar uma espécie de embaixador do tráfico no Rio de Janeiro.

Adiante na história, falido com as incursões da polícia, o traficante conta com a ajuda de João Moreira Salles, quem o financia com uma gorda mesada no exterior. Tal dinheiro é dado com o intuito de que Marcinho VP abandone o tráfico e a criminalidade. Contudo, quando a mídia descobre a relação entre ambos, o cineasta recua e Juliano se vê obrigado a retornar para o Brasil onde é preso e tratado como o traficante mais perigoso do país, mesmo estando arruinado financeiramente e com o grupo desorganizado.

Abusado é uma verdadeira lição sobre a lógica e as sinuosidades de operações das grandes corporações criminosas, que comandam o tráfico de drogas e outras atividades criminosas no Rio de Janeiro e em outros estados. Através da história de Juliano, obtém-se um retrato histórico da ocupação do morro pelo Comando Vermelho (C.V.), principal facção criminosa no estado.

Aliás, a meu ver, Juliano é um personagem extremamente fascinante! Um criminoso com refinado gosto literário, preocupado com o destino da comunidade favelada do Rio de Janeiro e cujos contatos, como se pode constatar, iam dos violentos chefes do C.V. até importantes intelectuais cariocas.  E além de ser a visão única do jornalista sobre um ícone da violência moderna, VP é uma pequena releitura do tema bandidagem. Longe da sociologia e do antropologismo de estudos anteriores, o livro do consagrado repórter é uma pequena exposição ao bandido moderno.

Com o pretexto de fazer uma biografia do traficante Marcinho VP, o escritor mergulha no submundo do crime no Rio de Janeiro, e nos permite perceber que, em meio a uma espécie de guerra no fim do mundo, gangues rivais se digladiam e transgridem a lei de maneira violenta, mas que ali também se realizam processos de formação da identidade, agregação coletiva e laços de sociabilidade.

Realmente, Caco Barcellos reporta o desenvolvimento da cidadania dos moradores da Santa Marta, seus esforços e conquistas em um morro cravado na Zona Sul carioca. Porém, além do lado “bom’, o repórter também expõem o lado “mau”, com tudo o que uma favela pode ter de ruim, como: as péssimas condições de higiene; a pobreza; a desesperança; o medo da violência do tráfico; e a brutalidade da polícia.

Não se trata apenas de uma “romantização” da vida de um bandido superestimado, mas a obra traz em suas numerosas linhas uma versão da história desconhecida de todos e de nos mostra um dos grandes personagens de nossa literatura.

Neste livro impressionante, Barcellos denuncia policiais, esmiúça combates, reconstrói a trilha de moradores de rua e das favelas e mostra que a vida de um líder de morro pode ser das mais improváveis e inusitadas possíveis. O livro é um relato de vida e de morte que mostra claramente o submundo da criminalidade carioca. Eu realmente recomendo essa incrível obra do jornalismo literário: Abusado – O dono do Morro Dona Marta.

 

 

“Eu sou o monstro que vocês criaram. Vocês me mitificaram. Vocês precisam disso para sobreviver.” – fala de Marcinho VP, vulgo Juliano, retirada do livro Abusado – O dono do Morro Dona Marta.

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Curiosidade:

Durante a produção do livro, Caco Barcellos esbarrou em uma série de questões éticas, morais e legais. Mas como era de se esperar de um jornalista com sua trajetória, essas questões foram tratadas com muita idoneidade.

Uma das medidas adotada pelo jornalista foi omitir nomes para “evitar intriga, perseguição ou punição jurídica às fontes“, como esclarece em nota no inicio do livro.

Contudo, após o lançamento da obra em 2003, Barcellos acabou sendo o perseguido, precisando sair do país por um tempo, devido à intensidade das ameaças que recebia.

Em 2004 o jornalista retornou ao Brasil, pois o livro se tornou o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2004 na categoria Reportagem e Biografia.

Aliás, reza a lenda que o jornalista chegou a abrigar o Marcelinho VP em sua própria casa, durante um período mais complicado de perseguição à sua fonte!



Os últimos Soldados da Guerra Fria

 

 

Autor: Fernando Morais

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Já na contracapa do livro, encontramos o seguinte texto:

“Organizações criminosas internacionais, aventuras mirabolantes, disfarces perfeitos, conquistas amorosas, agentes secretos em ações temerárias: este livro traz todos os elementos de suspense de um romance de espionagem — mas não contém uma só gota de ficção. É tudo verdade, nos mínimos e, eventualmente, aterradores detalhes.

A sensação de que lemos um romance vem não somente da história extraordinária, mas sobretudo da hábil narração do autor, que desvela, com maestria digna dos melhores ficcionistas e máximo compromisso jornalistico na apresentação dos fatos, uma trama transbordante de eventos jamais revelados pela imprensa.

A semelhança com James Bond, porém, não vai longe: há charme nem riqueza, mas a vida dura e pobre de homens que se dedicam à sua missão ante todo tipo de adverdidades. Uma história narrada com objetividade rigorosa, para ler de um fôlego.”

Aos leitores assíduos e apreciadores de tal gênero literário, essa introdução já não gera um comichão e uma crescente curiosidade para descobrir os segredos expostos no livro?

Pois bem… Ao menos foi assim que eu fiquei!

Sou suspeita para falar sobre Fernando Morais, o autor do livro, pois simplesmente adoro a escrita e os tipos de abordagem que o escritor elabora! No entanto, prometo não ser pretensiosa demais para o lado dele.

Os últimos soldados da Guerra Fria possui 396 páginas e sua primeira edição foi publicada pela editora Companhia das Letras em 2011, contudo, esses nãos são os dados mais importantes da obra! O sugestivo título já deixa entrever que se trata de dados, informações e suspeitas todos gerados dentro do clima conspiratório cheio de tramas e maquinação que a histórica Guerra Fria possuía.

Há espionagem e contra-espionagem, intrigas, história de vidas impressionantes, máscaras e desfechos mais do que surpreendentes. O amor e a amizade deveriam superar obstáculos, mas, nesse caso, o livro mostra que tudo é realizado para um objetivo maior! E qual seria esse?

O enredo é tecido envolvendo a Guerra Fria, porém a obra não retrata a já extinta União Soviética. O texto se enriquece com o sotaque espanhol e passa longe da frieza russa. A trama acontece entre dois países separados apenas por 130 km de água: E.U.A. e Cuba.

Recrutados para deter atentados terroristas orquestrados por dissidentes de Miami contra Havana, 14 cubanos passaram anos e anos infiltrados em organizações de extrema direita na Flórida.

E se você está com os filmes de 007 na cabeça, pode ir desfazendo essa imagem! Afinal, de nada tais cubanos têm do charmoso e letal agente britânico. Pelo contrário! Os 14 são paupérrimos e ganham a vida fazendo bicos em Little Havana, o bairro cubano de Miami. As condições do país se refletem na vida de seus agentes.

E coloco aqui uma citação que achei interessante, a respeito de como o autor teve a fantástica ideia de discorrer sobre tais espiões: “Se Truman Capote teve a ideia para A sangue frio ao ler uma nota de rodapé no New York TimesFernando Morais escutou no rádio, em 1998, a notícia que lhe renderia anos e anos de trabalho. O livro trata da prisão de cubanos nos Estados Unidos, acusados de espionagem. A acusação era verdadeira e a história por trás deste episódio, fantástica”.

As primeiras cem páginas do livro são contadas em alta voltagem, em reviravoltas à altura dos bons romances de Graham Greene, escritor que ficou mundialmente conhecido por seus romances que tiveram como tema ou pano de fundo a espionagem.

Assim como em um romance, o leitor vai montando as peças da história aos poucos, sem muita certeza de nada até que o quebra-cabeça vá ganhando forma e corpo. Mesmo se tratando de um relato histórico,  guiado pelos fatos, o livro consegue envolver o leitor no sentimento de uma aventura policial, carregada de espiões e mistérios (aos poucos solucionados e expostos).

Entre uma explosão e outra, um segredo e uma atividade de alto risco, Fernando Morais construiu um “trhiller político” que, como costumam dizer as orelhas de best-sellers, “prendem” o leitor.

A obra também reconstitui fatos importantes como as diversas crises migratórias sofridas por Cuba, os acordos com os E.U.A. para que cubanos deixassem a Ilha e o caso Elián, o garoto de sete anos que sobreviveu a um naufrágio quando ia, de bote, com sua mãe e outros cubanos para Miami. Outros personagens, como o Prêmio Nobel de Literatura Gabriel García Márquez, que atuou como pombo correio de Fidel Castro e Bill Clinton, recheiam o enredo.

Fernando Morais, sem dúvida, é um caso raro na literatura brasileira! O escritor mineiro já fez três livros que de alguma maneira tem o socialismo como tema principal e “encoberto”. Ele é biógrafo do mais famoso e afamado escritor brasileiro de todos os tempos e seu próximo projeto é uma biografia de ACM, que em termos de detratores não fica muito atrás de Paulo Coelho (o tal escritor brasileiro).

O escritor, sempre que pode, costuma dizer que todos os seus livros poderiam ser publicados em um jornal diário, como “grandes reportagens”. E, de fato, isso é verdade!

O texto de Morais não é 100% jornalístico, ele é rigoroso na veracidade dos fatos e recheia suas tramas com informações e novidades, sempre elaborando um enredo com uma elaboração diferente e humanizada, que prende o leitor até o fim. Além disso, o seu faro de repórter pode ser considerado o “grande barato” do escritor.

Claro, Chatô era um personagem quase óbvio da nossa história. Assim como Olga Benario, que até então era uma nota de rodapé na biografia de Luis Carlos Prestes. E porque ninguém falou dos estranhos japoneses do interior de São Paulo que decapitavam seus compatriotas que admitiam a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial? … O fato é que Morais foi atrás e botou toda sua experiência de repórter a serviço de projetos que lhe consumiram muito tempo e trabalho.

Dessa forma, os temas polêmicos e que de alguma forma poderiam gerar opiniões maniqueístas, se diluem em textos bem apurados, bem escolhidos e bem escritos.  E o faro do jornalista escritor funcionou mais uma vez em Os últimos soldados da Guerra Fria.

Portanto, eu simplesmente recomendo essa obra incrível do Fernando Morais (assim como seus demais textos e livros). Com certeza, leitor algum irá se arrepender de ler tal trama!

 

 



Documentário sobre Lendas Urbanas, desenvolvido como nosso projeto experimental na PUC-Campinas.

Um dos principais intuitos do documentário é mostrar o quanto as lendas urbanas podem influenciar a mídia e vice-versa. Ou seja, algumas lendas são tão marcantes e populares que acabam por entrar na pauta de alguns veículos midiáticos, devido à forte preponderância que pode causar no cotidiano das pessoas.

E, por sua vez, algumas reportagens podem ser tão impactantes a ponto de mexer com o imaginário popular e, por sua vez, influenciar no nascimento de algumas lendas urbanas.

 

Se interessou? Quer entender melhor? Ficou curioso?

 

Então, confira o documentário Por Trás das Lendas Urbanas, no qual você poderá conferir alguns exemplos do que disse acima e entender melhor o fato:

 

 

Documentário sobre lendas urbanas produzido como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) pelas jornalistas:

* Ana Carolina de Carvalho
* Beatriz Jorge
* Carolina Marialva
* Débora Barduchi
* Fabiane Zambelli de Pontes

(Editor: João Solimeo / Quadrinhos: Bruno Zequim / Orientadora: Ivete Cardoso Roldão)



et cetera
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